O PT (Partido dos Trabalhadores), após 14 anos no poder, viu seu plano de poder escorrer como água entre os dedos no segundo turno, com a vitória esmagadora do JAIR MESSIAS BOLSONARO, do PSL. Todavia, se considerarmos a era Temer e a parceria do PT com o PMD, atual MDB, no jogo do poder, o certo seria prolongar a predominância real do partido em 16 anos, uma vez que o discurso do golpe se demonstrou como uma farsa durante as alianças nas eleições gerais de 2018.
ELEIÇÕES 2018 – ANÁLISE DO VOTO PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA (Fonte: TSE) |
Unidade Federativa (Estado) |
População IBGE |
Eleitorado |
Jair Bolsonaro |
Fernando Haddad |
Brancos |
Nulos |
Abstenção |
Espírito Santo |
3.988.088 |
2.754.749 |
1.276.611 |
747.768 |
51.580 |
102.536 |
575.920 |
Minas Gerais |
21.085.435 |
15.699.063 |
6.100.107 |
4.382.952 |
309.049 |
1.275.394 |
3.631.561 |
Rio de Janeiro |
17.194.327 |
12.406.861 |
5.669.059 |
2.673.386 |
219.829 |
859.238 |
2.985.349 |
São Paulo |
45.675.471 |
33.042.569 |
15.306.023 |
7.212.132 |
746.949 |
2.581.039 |
7.196.426 |
Paraná |
11.376.723 |
7.972.415 |
4.224.416 |
1.948.790 |
132.345 |
290.303 |
1.376.226 |
Rio Grande do Sul |
11.344.168 |
8.353.814 |
3.893.737 |
2.263.171 |
208.909 |
411.601 |
1.576.396 |
Santa Catarina |
7.104.740 |
5.073.146 |
2.996.242 |
940.724 |
88.680 |
221.888 |
855.612 |
Mato Grosso |
3.455.630 |
2.330.011 |
1.085.824 |
549.001 |
23.071 |
60.981 |
611.134 |
Distrito Federal |
2.985.749 |
2.086.086 |
1.080.411 |
463.340 |
44.657 |
102.988 |
394.690 |
Goiás |
6.956.114 |
4.454.429 |
2.124.739 |
1.118.060 |
59.568 |
189.457 |
962.605 |
Mato Grosso do Sul |
2.758.351 |
1.877.747 |
872.049 |
465.025 |
27.014 |
85.889 |
427.770 |
Pará |
8.545.631 |
5.498.812 |
1.742.188 |
2.112.769 |
60.908 |
302.178 |
1.280.769 |
Acre |
873.817 |
547.590 |
294.899 |
86.977 |
6.594 |
10.659 |
148.461 |
Amapá |
834.777 |
512.117 |
185.096 |
183.616 |
6.589 |
19.638 |
117.178 |
Amazonas |
4.102.469 |
2.428.821 |
885.401 |
875.845 |
29.353 |
118.680 |
519.542 |
Rondônia |
1.764.197 |
1.175.634 |
594.968 |
229.343 |
13.856 |
44.054 |
293.413 |
Roraima |
585.391 |
333.576 |
183.268 |
72.872 |
3.700 |
10.811 |
62.925 |
Tocantins |
1.561.690 |
1.039.178 |
356.684 |
371.593 |
7.688 |
45.111 |
258.102 |
Maranhão |
7.049.697 |
4.536.973 |
886.565 |
2.428.913 |
42.274 |
119.765 |
1.059.456 |
Alagoas |
3.328.265 |
2.187.735 |
610.093 |
912.034 |
25.919 |
96.413 |
543.276 |
Bahia |
14.834.584 |
10.391.945 |
2.060.382 |
5.484.901 |
107.203 |
547.841 |
2.191.618 |
Ceará |
9.095.614 |
6.343.848 |
1.384.591 |
3.407.526 |
78.178 |
288.048 |
1.185.505 |
Paraíba |
4.002.909 |
2.868.023 |
782.143 |
1.451.293 |
36.933 |
136.900 |
460.754 |
Pernambuco |
9.519.133 |
6.569.316 |
1.661.163 |
3.297.944 |
76.515 |
341.822 |
1.191.872 |
Piauí |
3.267.016 |
2.370.422 |
422.095 |
1.417.113 |
20.914 |
86.849 |
423.451 |
Rio Grande do Norte |
3.489.041 |
2.373.876 |
652.562 |
1.131.027 |
29.990 |
129.752 |
430.545 |
Sergipe |
2.285.660 |
1.577.191 |
364.860 |
759.061 |
21.087 |
119.746 |
312.437 |
TOTAL: |
209.064.687 |
146.805.947 |
57.696.176 |
46.987.176 |
2.479.352 |
8.599.581 |
31.072.993 |
ELEIÇÕES 2018 – ANÁLISE DO VOTO PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA: ABSTENÇÕES |
Região |
Unidade Federativa (Estado) |
Abstenção |
Abstenção % Estadual |
Abstenção % Regional |
Abstenção % Nacional |
SUDESTE |
Espírito Santo |
575.920 |
20,91% |
22,47% |
20,44% |
Minas Gerais |
3.631.561 |
23,13% |
Rio de Janeiro |
2.985.349 |
24,06% |
São Paulo |
7.196.426 |
21,78% |
SUL |
Paraná |
1.376.226 |
17,26% |
17,67% |
Rio Grande do Sul |
1.576.396 |
18,87% |
Santa Catarina |
855.612 |
16,87% |
CENTRO-OESTE |
Mato Grosso |
611.134 |
26,23% |
22,39% |
Distrito Federal |
394.690 |
18,92% |
Goiás |
962.605 |
21,61% |
Mato Grosso do Sul |
427.770 |
22,78% |
NORTE |
Pará |
1.280.769 |
23.29% |
19,92% |
Acre |
148.461 |
27,11% |
Amapá |
117.178 |
22,28% |
Amazonas |
519.542 |
21,39% |
Rondônia |
293.413 |
24,96% |
Roraima |
62.925 |
18,86% |
Tocantins |
258.102 |
24,84% |
NORDESTE |
Maranhão |
1.059.456 |
23,35% |
19,78% |
Alagoas |
543.276 |
24,83% |
Bahia |
2.191.618 |
21,09% |
Ceará |
1.185.505 |
18,69% |
Paraíba |
460.754 |
16,07% |
Pernambuco |
1.191.872 |
18,14% |
Piauí |
423.451 |
17,86% |
Rio Grande do Norte |
430.545 |
18,14% |
Sergipe |
312.437 |
19,81% |
Em 2018, o Partido do Trabalhadores não soube analisar a hora de parar com a propaganda enganosa e de inventar mentiras para se manter no poder. Esse foi o maior erro do Fernando Haddad, que deveria ter começado a campanha se desvinculando do Lula e reconhecendo os erros do partido, oferecendo um novo recomeço, mesmo com seu péssimo desempenho como prefeito na cidade de São Paulo, quando entregou a principal cidade do país e da América Latina ao DÓRIA do PSDB, em 2016.Analisando as abstenções no segundo turno, fica claro que as pesquisas eleitorais falharam durante o período eleitoral, ficando no mesmo nível do Fake News, que era combatido pela imprensa no horário nobre, quando, de fato, a briga estava dentro das redações, com as obrigações diretas com seus respectivos patrocinadores, carregando a excessiva carga da parcialidade.Analisando os números das Eleições Gerais de 2018 para a Presidência da República, não há qualquer sombra de dúvida em relação à legitimidade do Jair Bolsonaro, mesmo com o aumento da taxa de abstenção para a média nacional de 20,44%, tendo o menor registro na Paraíba com 16,07%, enquanto que o maior foi no Acre com 27,11%. Todavia, em termo de impacto no universo eleitoral nacional foi a abstenção computada em 21,78% no Estado de São Paulo que causou espanto, com 7.196.426 eleitores, que fizeram questão de não participarem das eleições.
A vitória do Jair Messias Bolsonaro, do PSL, quebrou vários tabus políticos, matemáticos e financeiros na História do Brasil, uma vez que o Estado do Rio de Janeiro não faz presidente desde a República das Espadas em 1922, enquanto que o candidato do PSL não tinha o financiamento da campanha, como seus concorrentes, contando com o Whatsapp e o Facebook na comunicação social, derrubando, com R$535.000,00 declarados de gastos com a internet, vários gigantes milionários, que investiram no horário nobre e na propagação do Fake News através da própria imprensa brasileira.
Diante da luta na lama que o PT trouxe para as eleições de 2018, o Bolsonaro conseguiu sair limpo e sem compromissos partidários com o sistema, com sua corrupção institucionalizada, o que lhe dará liberdade plena para escolher os ministros e os aliados que quiser, bem como aplicar a meritocracia, há décadas defendida pela sociedade, mas pouco executada dentro das instituições políticas brasileiras.
Analisando os números no segundo turno, eu não tenho dúvida alguma de que o Bolsonaro teria vencido no 1º Turno, se o PT e o MDB não tivessem inserido quatro ex-ministros e aliados do PT na era Lula e Dilma Rousseff, cujos nomes são: – Fernando Haddad, Marina Silva, Ciro Gomes e Henrique Meirelles. Nunca uma campanha foi tão focalizada na dúvida do eleitor e na subjetividade como essa, o que levou o povo ao voto da revolta por conta da ausência do Estado e os escândalos que marcaram a República Brasileira nos últimos anos.
Por fim, com a vitória do Bolsonaro, a esquerda na América Lantina e abaixo da linha do equador terá que repensar sua existência inútil, além de ter que arranjar outras formas de financiamento, uma vez que o presidente eleito e seu futuro ministro da fazenda, Paulo Guedes, já deixaram bem claro que a forma de negociar do Brasil focalizará o bem maior dos brasileiros, abrindo as portas do comércio para o mundo inteiro, deixando a bandeira do MERCOSUL de lado, a não ser o fato da proposta ser interessante para o nosso país, o que não tem sido desde o início da formação do bloco na era Lula para cá. Simplesmente, o Brasil bancou a Bolívia, Peru, Equador, Argentina e, principalmente, a pseudo-democracia da Venezuela e de Cuba, tirando os investimentos sociais e tecnológicos das gerações do presente e do futuro.
Por Nadelson Costa Nogueira Jr :.