Trânsito de Rio Bonito é uma zona e a culpa é da política da boa vizinhança

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Na última década, nenhum tema foi tão pertinente na pequena cidade de Rio Bonito, localizada na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, do que a organização da sua logística e do trânsito. Literalmente, o trânsito é uma zona, com as motocicletas e os carros conduzidos por adolescentes, enquanto que os motoristas ignoram o código nacional de trânsito, com seus sinais e faixas. A seta é um acessório em desuso. O trânsito para às 11:30, 13:00 e 17:00 horas, por causa da entrada e da saída das principais escolas, com os pais ignorando a faixa dos pedestres, as faixas amarelas duplas e a preferência nos retornos. Simplesmente, muitos se acham donos das ruas e da cidade, enquanto que os carros se tornam parte da projeção do status quor do motorista, cujas barbeiragens são diretamente proporcionais ao patrimônio e ao sobrenome do condutor, que se torna infrator, por ultrapassar a margem da Lei.
Na terça-feira passada (27/06/2017), o guarda municipal de trânsito colocou dois cones com uma fita entre eles, impedindo que os motoristas atravessassem a Avenida Martinho Almeida pelo Posto Sambê para a Rua do Colégio Criar. Alguns pais e péssimos exemplos de motoristas e cidadãos ainda insistiam com o guarda municipal, que apitava e apontava para o sentido da pista, que inclinaria no retorno à frente, num percurso inferior aos 200 metros. O detalhe é que a faixa amarela dupla é visível na rua, mas os motoristas cometem os mesmos erros diariamente, porque não há repressão em Rio Bonito por parte das autoridades.
Notei que a operação tinha sido um sucesso, tendo em vista que o trânsito estava fluindo dos dois lados, mesmo com o tráfego dos caminhões de carga no Super Market. Todavia, para minha estranheza no dia seguinte, o guarda municipal estava lá no horário previsto, cumprindo sua praxe cotidiana no trabalho, sem os cones e a fita impedindo a travessia. Simplesmente, mais uma vez, a Guarda Municipal foi impedida de realizar seu trabalho com sucesso, porque algumas pessoas, que se consideram donas da cidade, assim exigiram, porque elas não querem ir até o retorno.
Há um outro ponto sobre a guarda municipal que me incomoda e muito, tendo em vista que a multa está chovendo no horário das missas e dos cultos, mas os carros das agências dos automóveis não são multados, mesmo contrariando a lei, ficando em cima das calçadas. E é nesse ponto que a sociedade rio-bonitense e o governo municipal precisam parar com o elitismo e compreenderem que a Lei é para todos, sem exceção.
Por fim, Mandiocão deve reavaliar seu julgamento diante da atividade da Guarda Municipal, tendo em vista a evidência da política dos dois pesos e duas medidas: – Ou multa todo mundo ou não multa ninguém.

Por Nadelson Costa Nogueira Junior

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