Escrevo-te por astúcia…
Escrevo-te por curiosidade…
Escrevo-te na esperança…
De conter-me a ansiedade.
Faço-te cortejos e rimas…
Na pérgula da loucura.
Escrevo-te esta epistola…
Na tentativa de conter minha busca.
E, mesmo que receies o presente…
Nem tudo estar-se-á perdido;
Pois àquilo que escrevo é mais do que sinto…
É a decodificação da emoção no tempo.
E mesmo que seja isso um desastre,
Já consigo imaginar teu sorriso;
Considerando a escrita uma forma de arte,
Enquanto o escritor, uma pessoa sem juízo.