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Sinto saudades das flores,
Dos cortejos e da valsa.

Sinto saudades dos presentes,
Das caixas surpresas recheadas de chocolate.

Sinto saudades da etiqueta…
E daquele lindo vestido longo que contornava o corpo feminino.

Choro só de pensar na meia taça…
E na sensualidade do lingerie.

Sonho com passeios a cavalo…
E longas caçadas no bosque.

Desejo qualquer dia desses…
Viver tudo isso com alguém.
Todavia, as mulheres desse século…
Não são românticas ou criativas.

Gostaria de beber um bom vinho,
Acompanhado duma carne saudável.

De preferência, colocaria um par de velas acesas…
Sobre o altar da refeição carnal.

Preencheria o vazio do quarto com o incenso…
E o aroma das pétalas de rosas.

Leria um clássico literário,
Enquanto deleitava-me sob o afago de seus dedos.

Velaria seu sono para guarda-la em segredo.
Beijaria seus lábios como se fosse a primeira e a última vez.

Faria qualquer coisa para viver tudo isso…
Só não abriria mão de minha criatividade;
Pois, sem ela, minha existência não teria significado…
Eu seria mais um figurante na novela da vida.

Não importa o que a letra diga,
Ou a palavra signifique no período,
Porque a vida passa como uma brisa,
Uma chuva perfeita de outono.
As aves decolam para novos ninhos.
As Pessoas acumulam seus mantimentos,
Porque o inverno está chegando
Congelando até os pensamentos.
E assim recomeça a vida,
E se intensifica a própria existência.

A Criação se renova sempre,
Pelo menos a maioria precisa acreditar nisso,
Porque tomaram o lugar ao trono,
Se apossaram da coroa e do cetro.
No governo, há uma pessoa vazia,
Que esperam a salvação,
Quando a boa vontade só causará prejuízo.
Não se trata da métrica ou da rima,
Mas as palavras não se encaixam,
Todavia, ninguém tem a coragem de assumir isso.
Eles esperam e respiram,
Até que o próximo impostor assuma o trono
E os façam sofrer na dialética e no perigo
De perderem tudo, incluindo a si mesmos
No temerário fundo do poço da hipocrisia.

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