O Fim da Unidade Riobonitese e o início de uma guerra sem precedentes na política local

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Considerando que as convenções partidárias deverão ser realizadas até agosto, os pré-candidatos deverão obter o máximo de vantagem possível nesse período de transição nas ruas e no contato direto com o eleitor e a sociedade, fazendo alianças, ampliando o universo e a densidade eleitoral. É nesse aspecto que o lançamento do vice reforçaria a chapa agora desde o início do ciclo. Logo, a chapa Xeroca e Marlene se lança na vanguarda, mantendo a unidade do grupo do Mandiocão e avançando estrategicamente, num movimento lógico e estrutural dos nichos envolvidos. A Marlene é a grande vantagem da chapa, porque é assistente social e especializada na gestão hospitalar, além de ter sido a secretária da promoção de social da Solange Pereira de Almeida lá no início, quando, por curto tempo fora da política, ingressou na Câmara Municipal com o apoio do Mandiocão, mantendo-se leal ao grupo desde então.

Enquanto Marlene e Xeroca assumem a vantagem do lançamento da chapa formada, com grupo, infraestrutura e o Mandiocão como cabo eleitoral, Marcos Abrahão e Meco perderam a oportunidade de fazer a inovação e a vanguarda com a escolha do vice, ficando com as possibilidades das alianças restritas. Marcos Abrahão tem o seu grupo original de suporte e a infraestrutura, enquanto consigo vê-lo alinhado com o sargento do BOPE e ex-secretário de ordem pública, Rafael Sodré, como vice, focalizando o HRDV, a saúde e a segurança pública. Por outro lado, o atual vice-prefeito, Meco, virou uma incógnita para os rioboniteses e para si, uma vez que demonstra a vontade de governar, mas está tímido, perdendo as alianças e as oportunidades, deixando de construir cenários novos, aparentando estar disputando para ser vice de outrem. Ele precisa sair do aquário e ir até o eleitor, e não o contrário.

Por fim, Hédio Delaroli (Hédio Mataruna), atual secretário de saúde municipal de Itaboraí está visitando os empresários, fazendo reuniões e estruturando sua equipe para competir no cenário local.  O PL está analisando as opções de vice para sua chapa, com nomes da cidade. Inclusive, não me assustaria se o seu vice fosse algum aliado de confiança da Solange Pereira de Almeida, tendo em vista sua inelegibilidade, cuja não retroatividade da Lei nº. 14.230/21 em decisão transitada em julgado está estabelecida pelo STF desde 18/08/2022.

Os desdobramentos dos últimos dias na política riobonitense deixaram claro que a Unidade Riobonitense ficou menor que os grupos políticos tradicionais e o aquário do Peixe e do Meco, que está trincado e vazando para todos os lados. Os grupos se mutilarão, seguindo a tradição eleitoral. A Inelegibilidade da Solange deixa seu grupo aberto para o lançamento de uma chapa própria ou para apoiar o Meco ou o Hedio Delaroli, sendo agora a única alternativa para o atual vice-prefeito, salvo a mudança no perfil e começar a bater de porta em porta, quando perdeu a maioria das vantagens que estão diante dos olhos do leitor e do eleitor.

 

Por Nadelson Costa Nogueira Junior : .

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