Toda democracia é frágil diante do desemprego e da desigualdade social

É importante que o brasileiro tenha despertado para a política em 2018 e mantendo-se acordado até o momento presente, mesmo que seja numa bolha ideológica, polarizada entre direita e esquerda, reproduzindo o cenário geopolítico da guerra fria em 1989, quando o mundo era dividido entre americanos e russos, ricos e pobres, países desenvolvidos e subdesenvolvidos, países abaixo e acima da linha do equador.
A democracia é frágil, quando a taxa de desemprego e a desigualdade social se sobrepõem sobre a maior parte de qualquer sociedade. A fragilidade fica ainda maior perante os terrores da guerra, com suas diversas faces, começando pelo narcotráfico, a violência social e o terrorismo, pois, dessa forma, até o conceito da soberania nacional e estatal ficam obsoletas diante da gestão do caos e dos conflitos intermináveis. Fica a sensação da impotência, do vazio e de que nada mais poderá ser feito para melhorar o sistema. E se engana muito àquele que pensa que os países desenvolvidos estão distante de tais realidades, porque eles estão vivendo a mesma experiência nesse exato momento, com uma única grande diferença, uma vez que o Brasil é vetado de fazer o que pensa e deseja dentro do seu território nacional, quando a hipocrisia da política internacional permite que os países instalem suas empresas multinacionais pelo mundo, desmatando a natureza, contaminando os solos e os rios, explorando o trabalho humano e aumentando a desigualdade social, alimentando e mantendo àquilo que eles tanto atacam, na casa dos outros e em terras estrangeiras, porque não fariam o mesmo em seus países, por conta das leis rígidas e das multas bilionárias. Todavia, o discurso pode ser resumido: – O fazem e agem assim, porque eles sabem que o desenvolvimento e o enriquecimento da sociedade só poderão ocorrer com uma nação explorando outra, da mesma forma que o empresário necessita do empregado para produzir e fazer dinheiro. Entretanto, no capitalismo, o empregado é remunerado, no socialismo ou no comunismo, a mão de obra é escravizada mesmo, em nome do bem maior.
Há possibilidade para que a democracia brasileira cresça, amadureça e se desenvolva, todavia, o processo dependerá do crescimento, amadurecimento e desenvolvimento da sociedade, que terá que aceitar e corrigir os erros do passado, investindo em educação integral, de qualidade e contínua, para gerar técnicos e tecnologia. A educação qualitativa combateria o narcotráfico e todos ismos da era contemporânea. A única diferença em todo o processo da revolução industrial e científica brasileira para o cenário das potencias europeias é que o Brasil não teria que invadir ou explorar ninguém, uma vez que o seu território é continental, cheio de riquezas, rios e terras produtivas. Todavia, o maior obstáculo para o Brasil é o seu povo e sua ignorância em querer fazer tudo em sete dias, sem planejamento ou estrutura para manter as organizações em pé, porque, no final, os ricos e os pobres só pensam no dinheiro e são egoístas.

Por Nadelson Costa Nogueira Junior